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Escolha do Ponto Comercial (Parte 1)

Written by Gustavo Carrer | 18-06-2012 13:54

Recentemente fui questionado se a localização da loja ainda é importante, considerando os novos canais de vendas e relacionamento do varejo, principalmente aqueles baseados na Internet e Smartphones. Logo me lembrei daquela máxima sobre o tema, que diz que o sucesso de uma loja depende de três fatores: ponto, ponto e ponto. Mas o assunto é tão importante que vale uma reflexão que compartilho a seguir.

De fato atualmente os consumidores podem resolver todas suas compras de onde estiverem seja pela Internet ou por dispositivos móveis, mas ainda assim o apelo e a conveniência de uma loja nas proximidades do local de trabalho, de residência ou no caminho de casa ainda são muito fortes. Se a cada dia fica mais difícil levar um cliente até a loja física, imagine então a dificuldade que os lojistas terão se o ponto comercial não for escolhido de maneira criteriosa?

Para escolher bem um ponto comercial, o primeiro passo é definir com precisão qual o público alvo que a loja pretende atingir: sexo, faixa etária, renda e outros elementos que facilitem traçar o perfil de consumo dos futuros clientes. Quanto mais focado, melhor. Não adianta estabelecer, por exemplo, que venderá para mulheres de todas as idades e rendas, pois mesmo que tenha produtos para todas elas, no final das contas, sempre existirá um perfil específico de público que é mais lucrativo ou mais fácil de ser conquistado que por essa razão deve ser privilegiado na escolha do ponto.

Em geral existem apenas três situações onde naturalmente o ponto favorece os negócios: nas proximidades da residência, do trabalho ou de locais frequentados pelo consumidor desejado. Assim, uma vez definido o público alvo, o empresário deve analisar em qual destas opções a proposta do seu negócio melhor se adequa.

Se a escolha for as proximidades das residências do público alvo, uma boa dica é procurar concentrações de edifícios residenciais, por exemplo. O mesmo vale se a escolha for para as proximidades do local de trabalho dos clientes, nesse caso a presença de prédios de escritórios de empresas públicas ou privadas, indústrias ou qualquer concentração de empresas, principalmente daquelas que possuem muitos empregados, são bons indicativos para a escolha do ponto.

Em geral considera-se que a zona influência do ponto comercial é particularmente forte num raio de até 10 minutos, e a partir daí seu poder de atração vai diminuindo mais rapidamente. Portanto um ponto que nesse raio médio não possui concentração de residências ou empresas, e também não está numa via de acesso, deve ser visto com muita cautela.
Depois de definido o público alvo e as respectivas regiões de concentração, o passo seguinte é identificar o maior número de opções de imóveis, contando com a orientação de empresas ou profissionais do setor.

Nesta etapa a utilização de um mapa com a localização dos imóveis disponíveis pode facilitar bastante a análise. Recomenda-se também assinalar nesse mapa onde estão os concorrentes e outros elementos urbanos que possam influenciar nos negócios como pontos de ônibus, estações de metrô, avenidas de alto tráfego ou obstáculos naturais como rios, córregos ou lagos.

A última e mais importante etapa é a análise comparativa das opções de imóveis, que será o assunto do meu próximo post.