É essencial varejo ter métricas para prevenir perdas. Você, varejista, certamente já ouviu a famosa expressão: “você não sabe o que perde porque não mensura, e não mensura porque não sabe o que perde”. Definitivamente, as perdas, sejam elas conhecidas ou não, são as grandes vilãs para a rentabilidade dos varejistas. Portanto, prevenir perdas no varejo é essencial para a saudabilidade financeira de uma empresa e o primeiro passo é estabelecer algumas métricas para acompanhamento e controle.
A atuação proativa na prevenção às perdas é importante para reduzir prejuízos, melhorar a eficiência operacional e ampliar os lucros. Isso é fato e não é segredo para ninguém. Seja combatendo furtos, internos e externos, controlando o prazo de validade dos produtos, reduzindo as avarias, extravios e fraudes em pagamentos, ter indicadores para prevenir perdas é fundamental para o seu negócio.
Alguns dos principais indicadores utilizados pelo varejo no quesito prevenir perdas são acuracidade do inventário, motivos pelas quais elas ocorrem e os percentuais pelos tipos e categorias. A primeira indica o nível de qualidade e confiabilidade da informação contida nos sistemas de controle, em relação à existência física dos itens, sendo um indicador importante para demonstrar o nível de confiabilidade dos estoques e consequentemente da sua gestão.
Uma boa análise dos estoques é imprescindível para o funcionamento de todo o sistema de controle, sem deixar furos na hora das reposições e do aumento de consumo pelos clientes. Nesse cenário, algumas boas dicas são classificar os itens do inventário, fazê-lo de maneira rotativa e investir em tecnologia. O monitoramento de entradas e saídas de produtos será mais confiável se a alimentação dos sistemas for bem feita, com o uso, por exemplo, do Gatetransfer e o XReader Delivery, soluções da Gunnebo Cash Management.
Além de um bom controle de inventário, é preciso mapear todas as perdas que acontecem na empresa e avaliar o que as causa. Quanto mais detalhista for o levantamento, maiores são as chances de reduzir e prevenir as perdas. Por isso, faça um mapeamento completo de tudo o que possa impactar o faturamento da empresa de forma negativa. Mas saiba que nada se resolve da noite para o dia, como em um passe de mágica.
De acordo com as mais recentes pesquisas da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), entre os principais tipos de perdas no varejo estão as quebras operacionais, furtos e erros de inventário, seguidos de erros administrativos e fraudes. Para prevenir perdas, algumas questões são fundamentais, como quais são as mercadorias mais furtadas, se os registros são causados por funcionários ou “clientes” e o percentual que elas representam no faturamento da empresa.
O percentual de perdas por categoria também é importante no levantamento, pois funciona como um indicador para entender quais são os itens que geram as maiores perdas e suas causas. Em um supermercado, por exemplo, sabe-se que bebidas, aparelhos de barbear e até carnes estão entre os produtos mais visados pelos furtantes. No varejo farmacêutico, por sua vez, lideram a lista protetores solares, shampoos e condicionadores. Mas com os dados em mãos, torna-se mais fácil elaborar um plano estratégico para reduzir os índices, já que zerá-los é algo utópico.
Consultores costumam dizer que os varejistas precisam aprender a defender seu patrimônio e diminuir as perdas. Mas é necessária uma boa política de gestão de prevenção aliada às soluções mais adequadas para o seu negócio. Hoje, a tecnologia antifurto disponível é eficaz, desde que combinada com uma política interna de educação, processos comportamentais dos colaboradores e fiscalização ostensiva.
Uma boa política de prevenção pode tornar a empresa mais competitiva, e sem dúvida nenhuma, o empresário precisa entender que ao não investir em tecnologia está deixando de ganhar dinheiro. Além da falta de investimento em tecnologia e em novos processos para antifurto, a falta de treinamento, controle e políticas internas adequadas, deixam uma estrutura falha e frágil à disposição de novas maneiras de serem burladas.
As dicas foram dadas. Cabe a cada varejista adotar uma nova postura, a começar, desde já, por analisar as principais métricas de prevenção de perdas. Mãos à obra, trabalho, definitivamente, não falta.