Blog Prevenção de Perdas

Como começar 2015 com menos fraudes e furtos internos?

Written by Luiz F. Sambugaro | 23-12-2014 12:52

Eis que chegamos a mais um FIM DE ANO, momento de nos questionarmos sobre atitudes tomadas e avaliarmos nossa trajetória durante o ano que passou. É hora de observar com calma nossos erros e acertos e determinar estratégias para conseguir alcançar um desempenho ainda melhor do que o ano anterior. Além disso, não podemos nos esquecer nunca de que as festas de fim de ano são sempre o melhor período para as vendas, porém a pior época para Prevenção de Perdas: são nestes meses que ocorrem grande maioria das perdas e precisamos ficar atentos.

E nada melhor do que pesquisas e relatórios para nos fazer entender plenamente como acontece o processo de perdas e furtos. Este relatório em especial me chamou a atenção e acredito que traga dados importantíssimos para nos prepararmos bem para o ano que se inicia. Realizado pelo instituto Jack L. Hayes International, ele reporta recente pesquisa realizada online com aproximadamente 500 funcionários de empresas do varejo. Do meu ponto de vista, o anonimato acabou por preservar os entrevistados, o que resultou em respostas mais honestas.

Mesmo com nossa vasta experiência, o resultado é bem desconcertante e merece especial atenção dos executivos do varejo. Este relatório deve ser muito bem analisado, pois nos leva a pensar em como estamos lidando com a gestão de perdas, principalmente as de caráter interno.

Ao serem perguntados sobre roubos e furtos em empresas onde trabalharam, os funcionários responderam e este foi o resultado:

- 33% reportaram que subtraíram de alguma forma algo coisa que pertencia à empresa em que trabalhavam;
- 16% inflaram os custos de recibos e documentos fiscais usados em relatórios de prestação de contas;
- 14% incluíram itens pessoais em seus relatórios de despesas, ou criaram falsas despesas;
- 13% receberam reembolso em duplicidade sem a respectiva devolução;
- 66% admitiram realizar compras de risco, sem autorização prévia, ou conhecimento do gestor, por exemplo: jantares caríssimos, custo de upgrades em voos, etc.

Em outro relatório de pesquisa, este realizado pela National Business Ethics Survey, concluiu-se que empresas que estão em fase de incorporação, aquisição ou fusão, têm a chance de ter mais de 21,5% de funcionários predispostos a condições duvidosas que as empresas estáveis. Aliado ao relatório anterior, podemos tirar conclusões esclarecedoras sobre furtos internos e comportamentos inadequados de funcionários. Quanto mais segurança e solidez a empresa passa para seus funcionários, menos furtos acontecerão.

Espero que sirvam de alerta essas informações tão contundentes. É claro que, de país para país, o furto interno tem maior ou menor participação no total das perdas, mas fica claro que quanto melhor e mais honesta for a relação empresário-funcionário, tanto menor será o risco das fraudes e furtos internos.

A reflexão que fica é que não há mais justificativas para termos ainda um crescente índice de perdas no Brasil. Com tantas pesquisas e estudos, além de contarmos com empresas como a Gunnebo e outras, que disponibilizam produtos de elevada tecnologia e acessórios compatíveis com qualquer bolso ou tamanho de empresa varejista, percebemos que é apenas uma questão de foco e investimento.

Coloque como objetivo para 2015 usar mais a tecnologia e as informações sobre prevenção de perdas a seu favor e melhore sua lucratividade.

Feliz 2015 com muitos lucros e poucas perdas!