Parece uma chamada óbvia, mas, quantos dos varejistas e de nós fornecedores prestamos a real atenção ao nosso consumidor? Principalmente neste momento de enormes mudanças conceituais; sejam elas de gestão, sejam elas consequentes de fusões ou do ingresso de novas áreas regionais de crescimento, e ainda da tecnologia disponível.
As condições para o crescimento do nosso varejo são as mais óbvias possíveis. Vejamos:
1) (IBGE) O setor responde por 22% do PIB nacional aproximadamente 9.000.000 de trabalhadores, também consumidores.
2) Próximos eventos que ocorrerão no Brasil: Copa do Mundo em 2014; Olimpíadas no RJ em 2016.
3) O pré-sal vem por aí.
4) (SM Moderno) Rentabilidade do segmento de supermercado cresceu de 2.05% para 2.76% em 2011.
5) Desemprego caiu de 6.8% em 2009 para 4.7% em 2011 e a renda média de R$1.519.00 para R$1.650.00 no mesmo período.
6) (SM Moderno) Em recente pesquisa junto aos supermercadistas, o otimismo se faz presente em 61.5% deles, pois suas previsões variaram entre 8% e 15% de crescimento e apenas 34.5% estimaram, ainda de crescimento, na ordem de 3% 7%
7) (ABRASCE) Foram 430 shoppings em 2011, com 80.192 lojas sendo que as classes C e D representaram 44% de seus visitantes.
8) (SM Moderno) As redes regionais crescem mais que as demais áreas. Por quê? Maior proximidade com os clientes, disponibilidade de produto de acordo com área de atuação investimento em gestão e tecnologia e aumento no poder aquisitivo da população.
Mas, como está sendo tratado o nosso consumidor?
Segundo uma enquete recente junto a consumidores, (Revista Consumidor Moderno), 51% dos respondentes afirmaram que o que mais os incomodava era o atendimento nas lojas. Com relação ao pós-venda, 33% se mostraram insatisfeitos e outros 43% afirmaram a necessidade das empresas melhorarem o atendimento. Na média final 49% se mostraram insatisfeitos. O varejista precisa tomar novas medidas, além de deixar a loja mais bonita, se quiser melhorar sua imagem e consequentemente sua lucratividade. Se pensarmos friamente, com a cabeça dos consumidores, que também somos, muito provavelmente responderíamos essa enquete com o mesmo resultado.
Conclusão:
O varejo não é mais o mesmo. As inovações com sucesso são cada vez menos frequentes, a eficiência comercial, buscada pela distribuição via multicanais é crescente, embora o conceito de loja fixa seja muito importante e, no meu ponto de vista, ainda o será por muito tempo.
A disponibilidade de informação, a quantidade e o nível dos congressos e seminários disponíveis aos varejistas, o suporte técnico de nós fornecedores e as condições favoráveis de mercado, só nos faz mais otimistas.
Apenas uma coisa ainda é incipiente e nos preocupa: a atenção que se dedica à Prevenção de Perdas.
No exemplo mais tangível, pelo volume de informações disponíveis, podemos afirmar que em 2011, os supermercados cresceram sua rentabilidade, passando dos 2.05% em 2010 para 2.76 em 2012, o que gerou um lucro adicional ao setor, de aproximadamente R$627 milhões de reais. Apesar disso, as perdas atingiram aproximadamente R$511 milhões de reais.
O que fazer? Consulte o seu fornecedor de confiança.