Recentemente, tive o prazer de participar de um episódio da primeira temporada do Podcast PDV – Por Dentro do Varejo – apresentado por Adriano Sambugaro e Vanessa Urbieta. Durante o bate-papo, pude falar sobre a cultura de prevenção de perdas e apontar alguns dos aspectos que, como consultor em Prevenção de Perdas, considero mais importantes para o varejo. Como afirmou Adriano na introdução do episódio, a prevenção de perdas é um assunto vital que faz parte do cotidiano dos varejistas e que pode ser a linha divisória entre o lucro e o prejuízo. Por isso, trago hoje aqui para o blog, um breve resumo do que conversamos no Podcast que você pode ouvir clicando aqui ou dando play no player abaixo:
Primeiramente, comentei o que tenho observado sobre a área nos últimos anos. Ainda notamos muita carência quando pensamos na visibilidade da área dentro das organizações. As empresas ainda não enxergam a Prevenção de Perdas como uma área geradora de lucro. Infelizmente estão presas em uma realidade ultrapassada em que o papel da área era apenas identificar furtos. Hoje em dia, vemos a Prevenção de Perdas alcançar outro patamar. Muitos profissionais da área estão, aos poucos, conseguindo mudar esse cenário, ainda que a passos lentos.
É preciso lembrar sempre de que quem executa área de prevenção de perdas é a equipe. Os profissionais de prevenção de perdas precisam passar a ensinar o que é a Prevenção de Perdas para a base, para toda a empresa, e não só fazer reuniões estratégicas com conselho administrativo e com a Diretoria, apresentando apenas resultados. É no contato com a equipe, com a área de operações, que o profissional conseguirá que as atividades de prevenção do dia a dia sejam executadas e os resultados alcançados.
Também comentei sobre os principais erros do setor de prevenção de perdas, que para mim são:
Sobre a questão do estoque, comentei que é de fato uma polêmica para a área e a visão vai mudar muito de empresa para empresa. Do meu ponto de vista, não deveríamos deixar a responsabilidade do ajuste de estoque com a gestão da loja porque não é possível alcançar uma imparcialidade. Para mim, o melhor é ter uma área responsável pela gestão e pelos ajustes de estoque para garantir mais transparência.
A Escola do Varejo surgiu da necessidade de qualificar os profissionais da área de prevenção de perdas e gestão de estoque. Há bastante tempo produzo conteúdo, mas senti necessidade de criar um material mais direcionado, mais específico, mais técnico e mais detalhado. Hoje na Escola do Varejo a temos mais de 30 horas de conteúdo para o assinante, constantemente atualizado. Toda semana publico uma aula e realizo uma aula ao vivo, que fica disponível.
Para além das dicas costumeiras, sempre destaco as ferramentas que podem auxiliar bastante na gestão da frente de caixa. Um exemplo é a solução Gatecash, da Gunnebo, com a qual o varejista consegue monitorar de forma online toda a movimentação do caixa em tempo real, reduzindo uma dificuldade antiga sobre desvios e erros no caixa. Hoje é possível fazer a gestão do caixa com o auxílio da tecnologia, além de poder aproveitar também estratégias muito interessantes que a ferramenta traz, como definir processos, agilizar a rotina e garantir mais segurança em processos jurídicos. Então é importante ter uma boa solução de controle e gestão de frente de loja para acompanhar não só as perdas, mas também a produtividade da equipe através de processos.
E finalizo este bate-papo contando o quanto o varejo me ensinou sobre resiliência. Acredito que esta foi uma das coisas mais importante que aprendi até hoje: saber lidar com toda a diversidade, com as particularidades que existem no setor, com a alta pressão da diretoria sobre resultados e saber lidar com aquilo sem trazer agressividade ou sentimento de risco para a equipe. Gerir pessoas é um aprendizado constante e diário, posso dizer que só aprendi na prática, ouvindo as pessoas.
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