Estamos caminhando para o final de mais um ano e os resultados das novas pesquisas sobre perdas no varejo, tanto nacionais como internacionais, nos deixam ainda mais preocupados: os números mostram que ainda há varejistas que não se deram conta dos verdadeiros benefícios de investir em Prevenção de Perdas. (Fonte: ABRAS / IBEVAR / NRF / UNIVERSIDADE DA FLORIDA / HAYES INTERNATIONAL. Todos relacionados ao varejo de 2014 com relatórios em 2015).
Um dos pontos que mais me chamou a atenção confirma a tese que sempre defendi, no caso do Brasil, onde afirmo que a impunidade e os exemplos que temos como sociedade, onde cada vez é mais escancarada a forma espúria com que nossos líderes fazem negócios e negociatas ilegais, leva uma enorme parte da sociedade a cometer pequenos delitos como se não fosse nada demais.
Uma das pesquisas realizadas (HAYES) destaca “O DECLÍNIO GERAL DA HONESTIDADE”: “Ouvimos diariamente declarações sobre negócios com o governo, a aplicação da lei, celebridades, nos esportes, líderes eclesiásticos, serem pegos em atividades questionáveis. Esses eventos fazem dos empregados que estão na fronteira da honestidade, roubar e desconsiderar o roubo como um ato desonesto.” Este relato é sobre os USA, mas que sem dúvida é absolutamente aplicável em maior grau no Brasil.
Outro fato que me leva a somatizar essa preocupação foi retirado de uma outra publicação recente, que afirma que “30% do público roubará ou será desonesto em bases regulares; 30% roubará ou será desonesto dependendo da situação e do risco envolvido; 40% do público jamais roubará ou praticará algum delito, independentemente da situação” (Dr. W. Steve Albrecht of Brigham Young University School of Business).
Logicamente suportado pelos compradores de produtos mais baratos, cópias, produtos de furto, etc. Quase ninguém compra de terceiros não estabelecidos sem se preocupar com a origem do produto, a não ser que seja mais barato, lógico, indo de CDs a softwares, confecção, etc.
Na pesquisa anual de Jack L. Hayes, em uma amostragem com US$703,2bi de vendas, 52% das empresas responderam que tiveram um aumento nas perdas, 28% decréscimo e outros 28% permaneceram estáveis.
Os clientes que responderam afirmaram que detiveram 1.272.560 indivíduos desonestos entre pessoas de fora e empregados. Nessas mesmas companhias, para cada US$1,00 recuperado, perderam US$23,26. Agora, atentem para o detalhe: nestes países, quando alguém é pego furtando, sua ficha se torna “eternamente suja” e a punição existe de fato, na grande maioria dos casos. Outro susto relatado e muito preocupante: 1 a cada 38 empregados foi detido por furto em sua empresa em um conjunto de 3.000.000 de empregados.
No Brasil, o aumento também foi significativo. Alguns exemplos na área de Supermercado:
Categoria |
Preço de Custo |
Preço de Custo |
Geral | 1,94 | 2,52 |
Padaria e Confeitaria | 1,72 | 3,77 |
Higiene e Perfumaria | 2,05 | 2,30 |
Bazar | 2,25 | 2,70 |
Têxtil | 2,29 | 3,04 |
Bem, senhores varejistas, não é ou não será por falta de aviso, nem por falta de tecnologia disponível que se perde muito de dinheiro, mas sim pela falta de planejamento e investimento em Prevenção de Perdas.
Faça da Prevenção de Perdas a sua campanha interna de “vacinação”!