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Especialistas afirmam: Prevenção de Perdas é investimento e não custo

Written by Adriano Sambugaro | 11-11-2015 13:00

No ano 2000, o Provar, em seu primeiro estudo anual, revelou que o índice de perdas no varejo chegava a preocupantes 1,96%. De lá para cá, os varejistas mais atentos montaram departamentos para cuidar do problema, treinaram funcionários, promoveram mudanças estruturais e investiram em tecnologia. Ainda que a dúvida no investimento exista, especialistas afirmam que é mais fácil dobrar os lucros prevenindo perdas do que apenas investindo em novas formas de venda.

Para muitos varejistas uma grande dúvida ainda persiste: devo investir em equipamentos de segurança, treinamento de equipe ou aparatos tecnológicos para prevenir perdas ou deixo o negócio como está? De acordo com Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo Gateway Brasil e especislista em Prevenção de Perdas, é mais fácil dobrar os lucros com os benefícios da prevenção do que por meio da abertura de uma nova loja. “Hoje, um bom planejamento, integrado a soluções arquitetônicas e de segurança, permite reduzir em até 80% os furtos, tornando fundamental o investimento na precaução”, diz o especialista.

Para sanar a dúvida dos varejistas dos mais diversos segmentos (farma, supermercado, shopping center, material de construção, lojas de conveniência, pet shops, comércio de rua etc.) se a verba destinada para a Prevenção de Perdas é custo ou investimento, consultamos dois especialistas em varejo: Eugenio Foganholo, da consultoria Mixxer, e Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP. Leia atentamente as dicas, analise e decida.

- Gustavo Carrer

• Mapa da mina

“Como a margem no varejo é muito pequena, o impacto nos resultados, quando falamos em perdas, é muito grande. Por isso, um inventário montado, uma boa gestão de estoques e um mapa com os pontos de maior risco, aliados à tecnologia e ao treinamento da equipe, hoje são fundamentais.”

 

• Sugestões simples

“Não é porque a metragem quadrada do estabelecimento é menor que ele corre menos risco. Mesmo com espaços pequenos e recursos limitados, as perdas e furtos devem ser contabilizados e prevenidos de alguma forma. Além da tecnologia, sugestões como adaptações no layout, instalação de espelhos, análises de pontos cegos, posição dos check-outs e treinamento de funcionários são importantíssimas para a redução das perdas."

 

• Dificuldades e motivação

“Pelo programa do Sebrae, com atendimento de cerca de 8 mil varejistas no Estado de São Paulo, percebemos que os gestores de micro e pequenos negócios têm ciência da importância de prevenir perdas. Eles apenas têm dificuldades para quantificá-las e, assim, não sabem o quanto devem investir em tecnologia. No entanto, aqueles que realizam os cálculos se animam, percebem o retorno e investem cada vez mais."

 

- Eugenio Foganholo

• Custo ou investimento

"Prevenir perdas deixou de ser algo que se ouvia falar que somente as grandes redes realizavam. É quase uma questão de sobrevivência, pois com as margens cada vez mais apertadas por causa do aumento da concorrência e da disputa pela renda do consumidor, a prevenção pode significar, em alguns casos, a diferença entre o lucro e o prejuízo."

 

• Atitude

“Os varejistas brasileiros têm a oportunidade – e, de alguma forma, a necessidade – de refletir e colocar em prática ações de prevenção de perdas, que evidentemente têm origens diversas. Analisá-las e atacá-las passa a ser tarefa essencial. O importante é ter atitude. É primordial adotá-la como cultura do varejo, levá-la aos funcionários de todas as áreas e mostrar a sua importância. Assim, abrem-se possibilidades para que todos contribuam com a diminuição das perdas e furtos. E, certamente, a tecnologia é uma importante ferramenta para conseguir ganhos nessa área."

 

• Perda é inaceitável

“Os níveis de perda variam enormemente de acordo com o ramo da atividade varejista, bem como derivados das ações que são realizadas pelas empresas. Mas perda deve ser considerada inaceitável, porém praticamente impossível de ser evitada. Se eliminá-la é virtualmente impossível, cabe ao varejista minimizá-la."

 

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