Grandes feiras e eventos de negócios servem para atingir diversos objetivos de marketing, mas também, ou talvez principalmente, para lançar e confirmar tendências do setor. Ao contar com eventos anuais como a APAS e a NRF Convention e Expo, devemos sempre ficar atentos às novidades que podem se consolidar como tendência num futuro próximo.
O evento de Nova York, em 2012, reforçou a utilização intensa de tecnologia para varejo em cada espaço da loja, desde a entrada até o check-out. Ainda hoje, em 2015, as dicas dadas há três anos são super atuais:
A grande estrela do varejo mantém-se no topo das atenções, as vitrines agora são mais interativas, prontas para chamar os consumidores que se aproximam delas utilizando áudio de alta qualidade. Câmeras e sensores permitem uma melhor experiência do consumidor através da simples movimentação das mãos e braços. O uso de grandes telas de LCD de altíssima definição permite, não apenas a exposição de uma gama maior de produtos, como também criar um ambiente de imersão temática mais profunda e detalhada. Quando a loja está fechada, painéis touch screen instalados nas vitrines passam a comercializar os produtos da loja para entrega em casa ou para retirar no dia seguinte, ou seja a vitrine agora vende de fato!
Da mesma forma que as vitrines, gôndolas, prateleiras e expositores estão cada vez mais preparados para detectar a presença de compradores e tomar a iniciativa do contato. Estes novos equipamentos enriquecem o processo de compra fornecendo informações valiosas sobre origem, aplicação, características e benefícios dos produtos além de proporcionar uma experiência inusitada ao “conversar” com os compradores. Do ponto de vista da gestão da loja, expositores interativos capturam um grande arsenal de informações sobre o comportamento do comprador. Estas informações podem ser usadas para implementar planogramas de exposição mais eficazes, redesenhar layouts remanejando seções ou garantindo um melhor gerenciamento de categorias, por exemplo. Além disso, devemos dar atenção especial aos cadeados eletrônicos, que possibilitam ao cliente degustar o produto ligado e incentivam as compras por impulso.
Antes relegados a um papel secundário, nos últimos anos os provadores estão se tornando grandes protagonistas de vendas no varejo e a tecnologia está contribuindo bastante para isso. Desde um simples botão para solicitar a ajuda do vendedor, passando por sistemas de iluminação inteligentes com Leds, até uma tela interativa com sugestões de produtos que combinam e complementam aqueles que foram levados para provador, tudo é desenvolvido para aumentar a taxa de conversão nesse valorizado espaço da loja. Neste caso, a arquitetura do local faz toda a diferença. Quanto mais à vontade estiver o cliente, mais ele irá consumir.
Eles estão em extinção! Não é novidade para ninguém que o pior momento de todo processo de compra para o consumidor é o momento de enfrentar o caixa. Seja por conta das grandes filas ou pelo simples impacto psicológico de trazer o consumidor do sonho para a realidade do gasto, a experiência transacional do caixa não é das mais agradáveis. Visando minimizar estes impactos negativos, muitos varejistas já estão utilizando sistemas de check-out em dispositivos móveis como tablets, mantendo as impressoras de notas fiscais escondidas em móveis ou expositores. Já existem disponíveis sistemas mais evoluídos e complexos que utilizam etiquetas e antenas de RFID combinados com sistemas de pagamento através celulares ou smart cards e prometem um check-out super expresso, com pouquíssima ou nenhuma interação com funcionários da loja.
Embora possam parecer ainda distantes da realidade do varejo brasileiro, estas tecnologias já começam a ser utilizadas em projetos pilotos e logo que atingirem escalas maiores, tendem a romper as barreiras de preço, tornando-se acessíveis mesmo para redes e lojas menores. Esteja sempre atento à tecnologia e tenha em mente que ela pode auxiliar e muito no processo de venda ao consumidor.