No vai e vem das informações no varejo, não é raro que crenças errôneas sejam disseminadas. Talvez, por conta da preocupação com as perdas, acabamos acreditando nestas crenças que podem atrapalhar o desempenho de seu negócio. Ouvimos por aí que tecnologia antifurtos é cara ou que apenas clientes falsos furtam, mas sabemos que isto não é real. Há muito mais nuances no mercado de varejo que precisamos analisar e compreender. Por isso, reunimos na Revista Prevenção de Perdas e reproduzimos aqui esclarecimentos de especialistas que, como a Gunnebo, estão comprometidos com a evolução do varejo e com a prevenção de perdas.
MITO#1 – “Produtos de Alto Risco são os menores e de maior valor”
Protetores solares, eletroeletrônicos portáteis, bebidas alcoólicas, pilhas e aparelhos de barbear estão entre os produtos de alto risco de furtos no varejo (PAR). Mas engana-se quem julga que apenas os menores produtos, de maior valor agregado, são os que causam mais prejuízos ou sejam os mais visados pelas pessoas mal-intencionadas. É preciso levar em consideração fatores como o setor, loja e a região do varejista. Há ainda algumas questões fundamentais também, como vulnerabilidade do produto e a oportunidade gerada ao furtante. Uma importante rede supermercadista, por exemplo, descobriu que suas maiores perdas estavam em cerveja e leite, produtos que a princípio não integram a lista dos mais visados.
Comparativamente, os furtos externos respondem por boa parte dos casos registrados no varejo. Mas os delitos praticados pelos próprios funcionários também vêm crescendo nos últimos anos. Este avanço acontece devido às crises econômicas que geram demissões, redução de nível hierárquico, terceirização de mão de obra e a troca de funcionários treinados e leais por novos de menor custo e sem nenhum compromisso com a empresa. E ainda há outros fatores acarretados pela crise, como o corte de benefícios, redução nas despesas de manutenção, entre outras coisas, que acabam levando os funcionários a cometerem furtos internos.
É importante quebrar esse paradigma. Qualquer pessoa com atitudes suspeitas deve despertar a atenção dos colaboradores para que eles possam evitar os furtos com eficiência. Não é possível afirmar que sexo, raça, cor ou classe social indiquem se uma pessoa é ou não um furtante do varejo. O foco deve ser sempre nas atitudes e não no perfil da pessoa. Alguns pontos importantes que levam a suspeitas: carregar bolsa muito grande, caminhar pela loja por muito tempo, permanecer de forma constante em áreas de alto risco e pegar muitas unidades do mesmo produto. Nessas condições, fique alerta.
Mais do que registrar flagrantes de pessoas mal-intencionadas é fundamental entender que o objetivo principal deve ser a adoção de uma cultura de prevenção de perdas, implementando, melhorando e fortalecendo processos. Uma grande quantidade de flagrantes de furtos internos no varejo, por exemplo, pode até indicar que os equipamentos de segurança estão funcionando bem, mas também sugere que há algo de errado com a cultura da empresa, que precisa ser analisado.
Para se ter controle sobre os furtos no varejo, é necessário que várias atitudes caminhem junto com a tecnologia. Investir na capacitação dos colaboradores, manter uma equipe unida, com normas e procedimentos claramente definidos, selecionar e treinar adequadamente seu pessoal são algumas das formas de prevenir os furtos e ter um ambiente varejista mais seguro e bem estabelecido.
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Alguns varejistas implantam tecnologias de prevenção de perdas sem avisar a seus colaboradores com o intuito de armar flagrantes. Mas o caminho pode ser traumático e não gerar resultados efetivos. A equipe deve ser engajada e transformar-se em uma aliada contra as fraudes e perdas. Para isso, é preciso esclarecer os benefícios que a tecnologia para prevenir perdas traz para a empresa e para a função que cada funcionário exerce. O sistema de monitoramento no PDV, por exemplo, é um aliado do operador de caixa em casos de conflitos no pagamento.
Existe uma grande gama de equipamentos que podem ser usados para inibir furtos ou reduzir perdas, que vão desde a simples instalação de espelhos, chegando até implantação de sistemas que combinam câmeras, etiquetas e alarmes, atendendo aos mais diversos portes de empresas e disponibilidade de recursos. Com a redução direta das perdas é possível recuperar o investimento em curto ou médio prazo. Mas é importante lembrar que o investimento em tecnologia para prevenção de perdas pode ser suficiente para garantir a utilização da solução por cerca de 10 anos.
Algumas redes, ao reduzirem as perdas, acabam por extinguir o departamento de prevenção de perdas ou diminuem seus investimentos na área por entender que elas já estão controladas. Mas isso é um grande engano, pois as margens do varejo são vulneráveis às perdas e, para evitá-las, é necessário implantar rotinas diárias e ações preventivas. Portanto, esse assunto, independentemente de época ou situação financeira, deve fazer parte da gestão estratégica da empresa porque a prevenção de perdas está diretamente ligada ao resultado final dos negócios da companhia.
Apesar de todos os avanços tecnológicos nos meios de pagamento, o uso do dinheiro ainda cresce na maioria dos mercados. Na prática, a demanda por dinheiro aumentou na maioria das economias avançadas desde o início da crise econômica entre os anos de 2007 e 2008 e provavelmente é gerada por motivos de reserva de valor, como aponta a pesquisa do Banco de Compensações Internacionais (BIS). Em todo o mundo, circulam cerca de US$ 5 trilhões de dinheiro. No Brasil, na última década, o volume de cédulas em circulação no mercado cresceu 68%, passando de 3.699 milhões em 2008, para 6.207 milhões em 2018. A grande quantidade de cédulas ainda em uso, nos leva a pensar que precisamos investir em tecnologias que reduzam os custos e perdas envolvidos no processo de recebimento de dinheiro, como é o caso dos Cofres Inteligentes.
O surgimento e a adoção do conceito de omnichannel mostrou que é possível não só conviver, como existem grandes sinergias para serem exploradas. Quando uma loja física é aberta no bairro, por exemplo, cresce o acesso ao comércio eletrônico da unidade pelos moradores. A maioria dos restaurantes, cafeterias e lanchonetes de Nova Iorque oferecem a possibilidade de fazer as compras, pagar pelo aplicativo e apenas retirar seu produto na loja física. Uma pesquisa da JC Penney mostra que 100% dos millennials usam a internet para buscar informações antes da compra, mas que 75% consideram a loja física a principal experiência com a marca. No Brasil, 1/3 da população é composta por millennials. Entendendo que as lojas físicas seguem sendo importantes e com grande potencial de vendas, é preciso investir em tecnologia para prevenir perdas, como já comentamos anteriormente.
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