Entra ano, sai ano, terminado o Carnaval, o varejo supermercadista prepara suas gôndolas e prateleiras para receber deliciosos e recheados ovos de Páscoa com promoções e campanhas para a primeira grande data de consumo na temporada. E quer uma boa notícia? Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as expectativas para a Páscoa de 2023 são altas, com um crescimento de 30% nas vendas. No ano passado, o comércio em geral faturou R$ 2 bilhões.
Mas o movimento de pessoas, que deve ser intensificada à medida que a Sexta-Feira Santa e a Páscoa, respectivamente, 7 e 9 de abril, vai chegando, pode trazer algumas consequências pouco agradáveis para o varejista. Ao mesmo tempo em que ele pode vender muito mais, em especial ovos de chocolate, azeite e bacalhau, produtos típicos da época, é também o momento em que se pode perder mais em razão dos crescentes furtos (internos também, diga-se de passagem). Aí, as perdas seguem para outras categorias.
Além dos produtos já mencionados, o maior fluxo de visitantes nas lojas também torna o cenário mais propício às perdas em carnes nobres, como picanha, alcatra e contrafilé, e bebidas, principalmente a cerveja. Portanto, as lojas que promovem de forma agressiva a venda de chocolates e relacionados precisam também estar mais atentas e fazer um trabalho de prevenção em toda o ambiente e não apenas na área de exposição dos achocolatados.
Por isso, nas próximas semanas é importante que os supermercadistas possam estar preparados com suas equipes para prevenir perdas nas lojas. Orientar e treinar os funcionários a redobrar a atenção em horários de grande fluxo de pessoas é mandatório. Tudo para evitar notícias desagradáveis em plena época de festa.
E aqui vai um conselho muito importante de consultores especializados em varejo: aliar soluções tecnológicas com treinamento profissional é a melhor saída para evitar as perdas e aumentar os lucros.
Já sabemos que para o varejista, todo cuidado é pouco. Então, para reforçar, contar com uma equipe bem treinada e orientada, aliada à tecnologia, com a utilização de câmeras de vigilância, sistema de monitoramento do PDV, etiquetas e antenas antifurtos é essencial para reduzir as perdas.
As tecnologias antifurto permitem aos gestores de prevenção de perdas e fiscais de segurança a serem muito mais assertivos em seus trabalhos, especialmente em abordagens de casos suspeitos. Utilizadas de forma integrada, elas conseguem reduzir sensivelmente as perdas e garantir maior lucratividade às operações dos supermercados.
Para que o varejista amplie suas vendas com segurança, contabilizando posteriormente mais lucros, é preciso ficar atento em três áreas: recebimento de mercadorias, ambiente de vendas e frente de caixa. Na primeira, é recomendável que se aumente a atenção em possíveis cenários de furtos e fraudes, muitas vezes promovidos pelos próprios funcionários em conluio com prestadores de serviço. Portanto, é fundamental que o ambiente seja gerenciado e o acesso restrito, devidamente monitorado por um sistema de CFTV, por exemplo.
Com o mesmo CFTV é possível analisar todo o ambiente de loja. Uma boa dica é o varejista avaliar, diariamente, o bom funcionamento do EAS (etiquetas e antenas antifurto), pois assim será possível desenvolver um trabalho assertivo com resultados a partir do uso da tecnologia disponibilizada.
Por fim, atenção redobrada à frente de caixa. É ali que ocorrem os furtos e fraudes mais frequentes, em uma área responsável por até 40% das perdas internas. Entre as fraudes mais comuns estão passagem de mercadorias dentro de carrinhos, troca de etiquetas de produtos, passagem de produtos escondidos no carrinho, na bolsa, em sacolas etc. O registro de múltiplos de maneira errônea, algo comum entre os principais registros de perdas, vai gerar prejuízos no bolso do varejista.
E, definitivamente, o varejista quer mais é comemorar a Páscoa com boas vendas e nada de perdas. Dessa última, zerá-las é utópico. Mas com pessoas, processos e tecnologia, reduzir é certo. Então, mãos à obra.