Uma das maiores festas populares brasileiras, o Carnaval, está chegando. Neste ano ele ocorre entre 18 e 21 de fevereiro, além da Quarta-Feira de Cinzas, no dia 22. O período também é muito bom em vendas para os varejistas, especialmente do setor de supermercados com alimentos e bebidas. Drogarias e farmácias também costumam registrar um aumento na procura de alguns medicamentos, como analgésicos, além de preservativos. E o movimento de pessoas exige uma maior eficiência operacional e que, consequentemente, gere menos perdas no varejo.
Em 2021, o setor supermercadista obteve alta eficiência operacional na ordem de 98,13%, de acordo com a Pesquisa de Eficiência Operacional realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Para aumentar a eficiência operacional do varejo alimentar no Brasil, o setor deve reduzir as perdas, principalmente com itens pertencentes às cestas de bebidas não alcoólicas, bebidas alcoólicas, carnes e embutidos, bazar, mercearia doce, frios e laticínios, higiene e beleza, mercearia salgada e limpeza.
Curiosamente, bebidas, principalmente cervejas, destilados e energéticos, e carnes nobres, como picanha, são os principais alvos de furtos e desvios em períodos festivos, como o Carnaval, representando um índice significativo de perdas no varejo. Na comparação de 12 setores pesquisados em estudo da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o de supermercados, com 2,15%, é, de longe, aquele com os maiores índices de perdas do varejo.
Do total de 2,15% de perdas nos supermercados, 1,43%, aponta levantamento da Abrappe, são oriundas de quebras operacionais e 0,72% de perdas desconhecidas, especialmente furtos. As perdas no varejo de artigos esportivos saíram de 0,99% para 1,12%, no de magazines saltaram de 0,91% para 0,94% e no de eletromóveis foram de 0,11% para 0,26%.
Durante o carnaval, no varejo farmacêutico, por sua vez, a busca por alguns itens aumenta muito. Medicamentos de combate à azia, dor de cabeça e ressaca, além de preservativos, estão entre eles. Mas no geral, segundo a Abrappe, as chamadas quebras operacionais representaram 68,5% das perdas no varejo farmacêutico em 2021, contra 77% da média geral.
Perdas no varejo são possíveis de serem reduzidas com tecnologia
Com o Carnaval o varejista deve ficar mais atento e monitorar corretamente tudo o que acontece na loja, seja qual for o varejo. Os sistemas antifurtos (antenas, etiquetas e CFTV, por exemplo) permitem resultados eficientes no combate aos furtos e, uma vez utilizados de forma integrada, aumentam mais o nível de prevenção de perdas.
Quanto mais atendimentos ao cliente ocorrem, maior também é a chance do controle falhar e as operações fraudulentas começam a afetar de forma mais intensa os resultados da empresa. É importante investir em controles internos e auditorias e monitoramento de caixa para reduzir as perdas no varejo. O checkout, em supermercados, é um dos pontos mais vulneráveis da loja, responsável por até 40% das perdas internas.
Ao investir em prevenção de perdas, os produtos com potencial de vendas, especialmente os de alto valor agregado, não precisam ficar confinados ou escondidos na loja. Associados às soluções corretas (cadeados eletrônicos e protetores acrílicos), eles podem ser melhores expostos e com o mínimo risco de perdas, melhorando as vendas.