A Apas Show mais uma vez mostra sua força para o mundo, visto que hoje a feira não é mais vista apenas nacionalmente. Na edição de 2019, que aconteceu neste maio, foram 847 expositores, dos quais 222 deles vieram de 19 países, ou seja, praticamente um quarto da feira foi composto por expositores internacionais. O evento movimentou mais de 330 milhões de dólares em negócios internacionais.
Há alguns anos participo da feira e é impressionante como o segmento vem avançando em soluções tecnológicas e, principalmente, o quanto isso vem se tornando algo considerado dentro do bolso de pequenas e médias empresas.
Em um passado não tão distante, pensar em soluções tecnológicas que se adequassem bem aos médios e pequenos seria muito fora da curva. Primeiro pelo valor de investimento, segundo e principal a mão de obra. Não existiam profissionais preparados para extrair o máximo dessas soluções. Hoje, todos os colegas com quem conversei não pensavam mais primeiro no preço da solução e sim no que ela poderá trazer de benefícios para a empresa.
Acredito que esta mudança na visão dos executivos agrega demais para os fornecedores de tecnologia e serviços. Se antes os executivos discutiam apenas preços e acabavam levando soluções que não atendiam bem a todas as necessidades da empresa – o famoso barato que sai caro – hoje eles querem saber o que conseguem gerar de informações e o quanto poderão reduzir em suas perdas para aí sim discutir preço e ter um ROI.
Uma solução que vejo cada vez mais em ascensão é o monitoramento de caixas, como o Gatecash, que a cada ano vem mostrando o quanto é uma ferramenta importante e impactante nas operações de frente de caixa, afetando diretamente no valor de perdas das empresas.
Porém uma solução que vejo sendo pouco utilizada e acredito ser fundamental é a TUB Câmera. Em minha opinião, o varejista deveria dar atenção especial a esta ferramenta. A TUB Câmera funciona para além de apenas uma câmera normal, são várias as formas de utilizá-la. Com ela é possível, por exemplo, monitorar com uma câmera toda a zona de risco da loja de forma mais dinâmica e sem ser notada.
Grande também será a mudança em relação ao inventário. Não falo do RFID, que já é realidade para muitos segmentos, mas com várias limitações para os supermercados. Ressalto, nesse momento, a mudança no modelo de inventário adotado pela maioria dos supermercadistas (inventários são gerais e com lojas fechadas). Vejo que muitos varejistas têm mudado para o modelo de inventário rotativo. Com este modelo, o varejista deve contar todos os itens de seu mercado, de forma particionada, ao invés de contar tudo no mesmo dia, o que pode gerar uma alta quantidade de divergências a serem recontadas e quase impossíveis (dependendo do ciclo) de serem analisadas.
As principais vantagens do modelo rotativo de inventário são menor quantidade de divergências e poder identificar a causa raiz da perda, possibilidade de priorizar os itens com maiores impactos e, dependendo da maturidade da empresa, podem até mesmo ser realizados com a loja aberta.
Mas a novidade que realmente me chamou atenção foi o XReader, que agiliza a operação no PDV. Percebo que uma das grandes preocupações dos executivos hoje são as filas nos caixas. Com o XReader, o operador de caixa poderá apenas tratar as exceções e focar na embalagem e no atendimento ao cliente. Outro ponto fantástico é que a solução não precisa vir onboard com checkout como outras que já vi. Esta versão do XReader se encaixa sem dificuldades ao checkout já instalado na loja.
Que tal ter uma solução de monitoramento de temperatura das câmaras, balcões e demais ambientes que precisem de temperaturas especificas? Isso já não é mais novidade nos dias atuais. A grande novidade nesse caso são os preços que caíram bastante e agora é uma realidade ter um dashboard com várias lojas e acompanhar tudo à distância.
Porém nem tudo são flores na Apas Show, infelizmente! Ainda vejo uma participação muito humilde de executivos da área de prevenção de perdas. Quando conversamos com diretores comerciais, sócios e proprietários de empresas sempre surge aquela frase e fica a dúvida: “O cara da prevenção não está, vamos marcar uma reunião depois e vemos isso melhor”. Grande oportunidade desperdiçada, sabe por quê? Essas reuniões deixadas para depois nunca acontecem!
Durante toda a feira, foi gigante a quantidade de compradores e profissionais da área comercial presentes. Então amigos, se na maior feira supermercadista do mundo ainda não temos uma participação significativa de profissionais da área de prevenção de perdas, onde vocês acham que teremos?
Finalizo aqui a minha visão, dizendo que estou muito otimista para o restante do ano de 2019 e início de 2020. O varejo supermercadista tem uma forte participação no PIB nacional e precisamos nos lembrar sempre de que as perdas fazem esse número despencar.
→ Esteve na Apas Show? Vamos conversar! Conte nos comentários do artigo o que achou da edição de 2019.
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