Tendências: o ritmo acelerado das mudanças no varejo

por Gustavo Carrer 28-04-2015 10:32
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Analisando um breve histórico das últimas quatro edições da NRF Retail's Big Show (veja quadro), podemos observar algumas tendências e tirar algumas lições da evolução recente do varejo, refletindo sobre o que vem pela frente.

O primeiro assunto de destaque é a experiência de compra, ou a experiência do usuário, ou apenas UX (do inglês user experience), que já era muito falada em 2012 e se mantém no topo do que é apresentado e discutido no congresso até hoje.

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Na mesma linha, temas como Omnichannel e Showroomer surgiram em 2013 e se mantém no foco das atenções. Ambos remetem a uma outra tendência: a de aproximação e integração das lojas físicas com mundo digital e móvel, o que é confirmado pelas lojas que receberam grande destaque, inicialmente locadas puramente do mundo virtual como a Dollar Shave Club e a Warby Parker, trazidas para operações no mundo dos tijolos como a própria Warby Parker com sua loja no SoHo e a Life is Good, de Boston.

Essa aproximação do varejo físico com o mundo virtual e vice e versa, talvez seja o fenômeno mais notável: desde o início o comércio eletrônico tenta, de todas as formas, tornar o processo de compra o mais parecido possível com o que ocorre numa loja tradicional. Nesse sentido, pode-se destacar o “carrinho de compras”, utilizado até mesmo em livrarias e lojas de roupas online, mesmo que no mundo real dificilmente um “carrinho” seja usado neste tipo de varejo.

Sem perceber que, após anos de prática no comércio eletrônico, os clientes já construíram seu próprio jeito de comprar online, alguns varejistas do mundo virtual ainda insistem na tentativa de simular as lojas físicas, com óculos 3D, por exemplo.

Mas o que se percebe atualmente é um movimento no sentido inverso. As lojas físicas entenderam que, nos dias de hoje, os clientes já foram “ensinados” pelo e-commerce a obter informações complementares sobre os produtos num simples clique. Por conta disso, os varejistas estão explorando esse novo hábito de várias formas como, por exemplo, introduzindo painéis touch-screen ou o uso tablets em suas operações de venda.
Além de mais interativas, as lojas físicas também estão implantando dispositivos para detectar e rastrear clientes, gerando métricas para aprimorar a gestão do ambiente da loja, uma alusão completa ao analytics de sites de e-commerce.

Embora saibamos que prever o futuro do varejo em um ambiente de rápidas e profundas mudanças seja impossível, a sua evolução certamente depende muito de explorar o que é melhor dos dois mundos, o real e o virtual. Assim, quem entender melhor os hábitos dos clientes nas lojas físicas e na internet, e se adaptar, sairá na frente.



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Topics: Perdas no Varejo