Nos últimos anos, acompanhamos um número elevado de fechamento de lojas de varejo, especialmente de grandes redes, como apontaram os dados da NRF em janeiro de 2019. Estes fechamentos são alarmantes, mas também apontam para uma mudança de modelo de lojas. Precisamos nos lembrar de que no mesmo período, em 2017 e 2018, abriram muitas lojas, provando uma transição de modelo. Falei sobre este tema em nosso último Webinar que você pode acessar aqui.
Não dá para atribuir estes fechamentos apenas ao impacto do comércio eletrônico e outras mudanças econômicas. O varejo online continua crescendo e há um dado importante sobre a convivência entre comércio eletrônico e comércio físico: 95% de todas as vendas da internet são feitas através de sites de redes que possuem lojas físicas.
Embora o comércio eletrônico esteja crescendo em ritmo acelerado, os varejistas que mantém lojas físicas são os que mais crescem.
Além disso, as mudanças vêm apontando novas tendências: as lojas de varejo estão ficando menores e se deslocando dos centros comerciais para bairros, buscando uma proximidade maior com o consumidor. Ao se aproximar, torna-se possível descobrir melhor o perfil do cliente e fazer uma seleção de itens mais específicas e diferenciada de acordo com a região onde estão as lojas.
Que aprendizado o crescimento do varejo online trouxe para as lojas físicas?
São várias as mudanças e aprendizados surgidos com essa convivência de comércio online e estabelecimentos físicos. Mas há um aprendizado que gostaria de dar um destaque especial:
- A importância de ter uma plataforma de análise de dados: ferramentas online como Google Analytics fornecem dados e rastreiam a trajetória de compra do consumidor. Todas essas informações em conjunto a outras coletadas em processos de compras anteriores constituem o que chamamos de Big Data. Percebendo a importância destes dados, o varejo físico passou a buscar esse mesmo tipo de informação em sua rotina de vendas para conseguir uma melhoria nos processos das lojas baseada em dados.
Neste cenário, a contagem de fluxo no varejo começa a ganhar força, pois os dados coletados durante as visitas dos clientes se provaram essenciais para desenvolver novas estratégias.
Com a chegada destes novos dados e deste tráfego entre varejo online e varejo físico, novas estratégias passaram a ser desejadas, como podemos ver abaixo:
Desejo: Acompanhamento da movimentação do cliente, desde a entrada até a compra final
Varejo online: Rastreamento de páginas visitadas
Lojas físicas: Análise de fluxo e zonas quentes
Desejo: Identificar intenção de compra
Varejo online: Comportamento de interesse em anúncios, resenhas, avaliações
Lojas físicas: Métricas sobre comportamento no ambiente de loja
Desejo: Monitorar fluxo de clientes
Varejo online: Tráfego do site
Lojas físicas: Fluxo de pessoas que entraram e saíram
Desejo: Medir conversão
Varejo online: Razão entre pessoas que visitaram o site dividido sobre pessoas que compraram o site
Lojas físicas: Razão entre pessoas que entraram na loja e pessoas que compraram na loja
Medir fluxo é conhecer o comportamento e tentar antecipar movimentos, criando correlação com outros dados do varejo. Assim o processo de gestão fica mais rico, permitindo comparação entre comportamento e a criação de ações mais estratégicas, específicas para cada loja.
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