Os varejistas, as indústrias de turismo e entretenimento e qualquer empresa que faça vendas em dinheiro podem reduzir custos e melhorar as relações com o pessoal e com os clientes, graças às mais recentes soluções para manuseio de dinheiro. Esta tecnologia substitui a caixa registradora ao aceitar notas e moedas, verificando-as, contando-as e guardando-as de forma segura. O perito em segurança do setor de varejo, Frans de Wit, fala sobre as objeções frequentes à nova tecnologia de Gestão de Numerário – e de que forma estas soluções podem nos ajudar.
[1] “Os meus empregados são leais, certamente nunca iriam ...”
As perdas de dinheiro não são apenas um problema para os seus concorrentes. A nível mundial, por exemplo, estudos recentes mostram que os varejistas perdem 128,5 bilhões de dólares em dinheiro por ano, sendo cerca de um terço devido a roubos internos e outros 20% devido a erros (Fonte: Global Retail Theft Barometer 2013-14). Quando se contratam estudantes ou outros trabalhadores temporários e inexperientes, as perdas podem se transformar em uma dor de cabeça, diz Frans.
“Já vi supermercados, por exemplo, em que os gerentes passam duas horas por dia simplesmente verificando as caixas e as câmeras de segurança porque falta dinheiro. Em outros ambientes, temos gerentes que controlam os gerentes que controlam outros gerentes porque estão sendo roubados por empregados a cada minuto.”
Muitas empresas têm relutância em reconhecer que têm um problema com as perdas - “Até mostrarmos os números que demonstram que se trata de um fenômeno global”, diz Frans. “Mas também há gerentes que encolhem simplesmente os ombros e acham que não há nada a fazer.” Quando, contudo, conhecem melhor a tecnologia do cofre inteligente, percebem que os riscos são reduzidos de forma relevante.
[2] “O dinheiro é uma coisa do século XX”
Apesar de toda a propaganda sobre a chegada de uma ‘sociedade sem dinheiro’, os volumes de dinheiro nunca foram tão grandes. “O pagamento por celulares irá diminuir um pouco isto, mas irá afetar principalmente aos pagamentos com cartões bancários normais.” Os números sugerem que o dinheiro vai continuar a crescer nas Américas, Europa, Ásia, África e Médio Oriente – só nos países nórdicos é que isto não se verifica.
O número de varejistas a nível mundial está aumentando e o volume total de transações de compras – das quais o dinheiro representa a maioria – está subindo. O dinheiro vai, portanto, ser uma realidade para as empresas em um futuro previsível. “Confrontados com uma concorrência global intensa, os varejistas irão provavelmente precisar cada vez mais de soluções de manuseio de dinheiro que proporcionem mais segurança, custos menores e uma produtividade otimizada”, afirma Frans.
[3] “A tecnologia é só uma solução rápida, o meu negócio é complexo”
Claro que não vale a pena considerar apenas as especificações técnicas de diferentes máquinas, diz Frans. É necessário arranjar um equilíbrio entre segurança e despesa, devendo a tecnologia ser integrada nos sistemas dos pontos de venda e de back-office.
Torna-se, portanto, necessário que um consultor se sente com o cliente para compreender o percurso completo do dinheiro dentro da empresa – como é sua rotina, onde guarda o dinheiro, como ele é entregue a seu pessoal, como são delegadas as funções, se as caixas registradoras são partilhadas ou separadas, como é conciliado o registro da caixa com os montantes reais restantes.
“Vamos à loja, sentamos com o cliente, consideramos as questões reais. Por vezes, a sede não tem uma visão precisa do que acontece na loja.”
A tecnologia é flexível para se adequar às empresas individuais, com uma grande carteira de soluções que vão desde o nível de entrada até sistemas completos e fechados de manuseio de dinheiro. E os benefícios irão, muito provavelmente, superar quaisquer problemas iniciais. “A eficiência melhora, as perdas caem muito, as tentativas de roubo são frustradas, os dados sobre o ciclo do dinheiro estão disponíveis mais depressa e a moeda falsa é rejeitada no local”, resume.
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