As multinacionais sentem o baixo crescimento econômico, inflação, depreciação cambial e os impactos dos protestos nas vendas de junho (Folha de São Paulo, 27/07/2013). E o que podemos dizer sobre o varejo que rapidamente sofre as consequências e reage às condições econômicas do país? E sobre a expectativa de salário e emprego?

Apesar desse cenário, o setor de supermercados conseguiu registrar aumento de 7,33% em junho (G1, 31/07/2013), embora o crescimento do primeiro semestre deste ano sobre 2012 seja de apenas 2,99% (ABRAS, 31/07/2013). As incertezas e a instabilidade demoram mais a chegar no consumo de itens básicos - "O consumo nos supermercados chega a ser adiado em um ou dois dias, mas não deixa de ser feito", afirma o vice-presidente da Abras, João Sanzovo Neto.

Se por um lado, os últimos eventos ocorridos no país podem significar uma queda no consumo de bens duráveis e supérfluos, por outro lado, temos a expectativa de dias melhores para a nossa sociedade, mesmo que a médio e longo prazo. A grande maioria de nós acredita que a mudança no comportamento político e social da população será positiva.

Outro fator que demonstra o reflexo das mudanças é o crescimento, desde 2012, das vendas do segmento ATACAREJO. A expansão do segmento no ano passado foi o dobro da média do setor varejista (Estadão, 29/04/13).

Em recente entrevista (Estadão, 03/07/13), o professor Claudio Felisoni (presidente do conselho do PROVAR/FIA) afirma: "Se não houver um controle efetivo dos preços dos itens, o rendimento da massa não vai aumentar mais e o consumo continuará patinando". Ele explica que medidas de estímulo ao consumo não serão eficazes se não houver aumento de renda da população.

Entre tantas incertezas, o certo é que a gestão de produtos, estoque, furtos, funcionários bem treinados e satisfeitos com a empresa, farão a diferença na melhoria dos resultados e na espera por dias melhores. As perdas estão em todas as fases de um negócio, preocupe-se com elas, para garantir seu lucro.