Pela primeira vez, levantou-se o estágio das perdas no segmento de pequenas empresas com uma amostragem representada por 1.025 lojas, a maioria delas (96,5%) dentro do Estado de São Paulo. Isso significa que esta maioria está localizada na área onde o processo de comunicação, a disponibilidade de tecnologia e de técnicos é muito superior a qualquer outra região do país. No entanto, o que mais chamou a atenção foram os absurdos índices de perdas encontrados nesse segmento e a quase total desatenção aos princípios e recursos à disposição, visando à redução das perdas varejistas, e um ganho adicional à sua atividade.

Vejamos alguns exemplos:
• O índice médio de perdas do médio e grande varejo supermercadista é 1,95% (pesquisa anual). O índice reportado dos supermercadistas de pequeno e médio porte foi de 6,7%, ou seja, 3,4 vezes mais. Consegue imaginar o quanto isso representa no bolso do varejista?
• No setor de drogarias e afins, o índice para os grandes players, foi de 0,33% em contraste com o 4,6% para as pequenas e médias drogarias.
• Na área de materiais de construção encontramos o valor mais absurdo. O índice das grandes empresas é de 1,2%; já nas médias e pequenas empresas tivemos o índice de perdas de 11,4%. Sim! Onze vírgula quatro por cento, é isso mesmo.
• Na área de confecção (vestuário) não é diferente. O índice é de 1,02% quando falamos de grandes grupos, ou seja, aproximadamente 45% menor que o índice médio para o varejo.

Quando analisamos o índice das pequenas empresas, pela primeira vez pesquisado, levamos um susto: 7,8% de perdas. Não conseguimos entender como é possível conviver com resultados deste tipo.

Tivemos, este ano, uma maior busca de informações relacionadas ao tema pela imprensa especializada em varejo, com inúmeras publicações e artigos voltados ao varejista. Nós mesmos, da Gunnebo Gateway, devido a nossa liderança e elevado nível de soluções preventivas, participamos de diversos eventos, palestras e citações na mídia, motivadas por essa tenebrosa situação, muito favorecidas ainda pela total impunidade na qual vivemos.

Com tudo isso, era de se esperar que o volume de novas lojas com proteção contra perdas crescesse mais que a média dos últimos anos. Mas o que vimos, na realidade, foi uma desconfortável estagnação. Os ladrões agradecem e continuam a crescer mais do que o varejo.

Senhores varejistas, nada justifica tamanha perda de dinheiro nos dias de hoje. As margens são cada vez menores, a concorrência cada vez mais agressiva e a relação custo/benefício no uso de qualquer equipamento, recurso ou programa de Prevenção de Perdas é cada vez melhor. Aproveitem! Busquem parceiros que possam ajudar a diminuir esses elevados e crescentes índices de perdas, independentemente do tamanho de sua loja.