Existem fatores do consumo brasileiro determinantes para o aquecimento do varejo. O crescimento demográfico, o crescimento e o envelhecimento da população, o crescimento da renda per capta, a melhoria na distribuição de renda, crédito adequado e o índice de bem estar social contribuem para o crescimento do setor varejista.

Os meses de maio e junho foram tomados por eventos ligados ao varejo, promovidos por entidades como ALSHOP (Associação dos Lojistas de Shopping Centers), ABIESV (Associação Brasileira da Indústria e Serviços para o Varejo), entre outros. Em sua maioria, os temas eram relacionados às condições socioeconômicas do Brasil e seu reflexo no nosso varejo, além de novos conceitos sobre como e o que fazer para ter melhor desempenho com sua loja.

Segundo os estudos apresentados nesses eventos, o total de lojas em shopping centers que era de 99 mil em 2010, hoje chega ao número de 113 mil lojas. E a expectativa é de que outras 26 mil sejam abertas quando os novos shoppings ficarem prontos. O número de empregos que o mercado varejista de shoppings gerou está em 1,2 milhões de vagas.

Além disso, a geometria social está assumindo uma nova forma. Ela deixa de ser uma pirâmide e começa a se transformar em um losango, em que a concentração das classes A e B somadas à classe C, chegam a um total de 148,7 milhões de potenciais consumidores. Por isso, tudo indica que o varejo continuará a crescer acima da média dos últimos anos, que foi de 10%.

Outro fator que também contribui para o aquecimento do varejo é a preocupação dos próprios varejistas com o aumento da concorrência, a entrada de marcas internacionais e o maior controle fiscal do Estado. Isto faz com que haja maiores investimentos nos detalhes, como os projetos arquitetônicos, a escolha das cores, a prevenção de perdas e até mesmo a sonorização das lojas, Tudo isso pode fazer a diferença para o sucesso do empreendimento.

Enfim, tudo indica que o varejo vai continuar crescendo no Brasil. Inclusive, já podemos perceber um aumento da participação de varejistas em congressos nacionais e internacionais, como reflexo dessa interiorização do setor e do elevado número de shoppings, tornando impossível a presença de uma marca em todos os pontos comerciais.