Diversas estatísticas relatam o sério problema relacionado a perdas no segmento de farmácias e drogarias. Adicionando dados da Retail Industry Leaders Association (RILA), formada por mais de 200 importantes varejistas dos Estados Unidos, com 100 mil lojas e um faturamento de aproximadamente US$ 1,5 trilhões, destaco que cerca de 78% dos varejistas tomaram conhecimento do crescimento de furtos dos amadores e/ou oportunistas, 65% perceberam um aumento do crime organizado. Além disso, 74% dos varejistas acreditam que o mercado online aumentou a oferta de itens furtados, contra 47% que localizaram no chamado mercado de pulgas e 47% restantes estão nos mercados paralelos.
Esses números são, no mínimo, preocupantes. E uma das alegações para os Estados Unidos é de que o aumento do desemprego e a queda de remuneração só fez aumentar aquilo que, normalmente, ocorre em qualquer país do mundo. Aí vem a pergunta que não quer calar: “O que o nosso mercado tem a ver com isso”? Tudo a ver! Mudam-se apenas os motivos, pois lá o desemprego, como já comentado, é um dos principais fatores, entretanto, mais de 70% das empresas atuam preventivamente. Já no Brasil, por termos apenas algumas cadeias de farmácia estruturadas para se prevenir contra as perdas, o segmento oferece mais oportunidade e menos riscos para o ladrão. Isso inclui desde o furto de carga, at& eacute; o de cosméticos no ponto de venda.
Uma pesquisa da Nielsen apresenta um aumento da quantidade de compradores de produtos de higiene e beleza em estabelecimentos farmacêuticos. O consumo passou de 59,9%, em 2009, para 61,9%, no ano passado. Os dois pontos porcentuais de diferença representam 740 mil lares a mais. O que representa um aumento significativo de tráfego de gente, honesta ou não, nas drogarias do país. O crescimento das classes B e C e a venda de remédios populares, só faz aumentar ainda mais a oportunidade.
Para se ter uma base, o faturamento da indústria farmacêutica salta de R$ 36.740 bilhões em 2010 para R$ 40.15 bilhões em 2011 segundo a Lafis Consultoria. Com uma média de 1,75% de perdas, temos um prognóstico de aproximadamente R$ 710 milhões de perdas.
Se medidas profissionais não forem tomadas, tanto o furto interno como os de oportunidades vão crescer além do razoável. “Fazer de conta” que protege é pior do que não proteger. Não existe justificativa atual no mercado brasileiro, com toda tecnologia disponível, assistência técnica e condições comerciais, que não ficam atrás dos demais mercados mundiais, que ainda sejamos tão negligentes com um dos fatores mais importantes na cadeia de administração de negócios, que é a gestão das perdas de forma geral, não apenas relacionadas a furto.
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