Uma surpresa a cada pesquisa e tudo influencia o índice de furtos

por Luiz F. Sambugaro 17-08-2012 10:46
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O Brasil agregou milhões à classe média, somando cerca de 30 milhões de pessoas. Até 2020 também terá o maior numero de idosos, cuja longevidade, já passa dos 73 anos, graças a modernidade da medicina, maior disponibilidade de assistência pessoal e novos medicamentos, além de uma vida mais saudável, segundo dados IBGE e FECOMERCIO.

Traduzindo este cenário em oportunidade para as empresas dedicadas ao segmento farmacêutico e seus formatos em transição, seria de se esperar ou de se prever um crescimento razoável para os negócios. E não à toa, que nesta fase crescem as fusões no setor, aumentando também a possibilidade de empresas internacionais se aportarem por aqui.

Entretanto, do outro lado, as pesquisas na Inglaterra bem como nos Estados Unidos, nos dão conta do incremento das perdas internas - aproximadamente 10% dos funcionários têm potencial tendência aos furtos -, e um índice aproximado que indica que o valor do furto interno, por evento é de até 10 vezes maior que o externo. Provando a necessidade de atenção especial ao nosso país, o relatório Global Retail Theft Barometer, aponta a Índia, Marrocos e Brasil como os países com o mais alto índice de perdas.

Segundo dados, aproximadamente 56% do investimento total em prevenção de perdas é direcionado em pessoal, tanto interno quanto contratado; 31% é direcionado a equipamentos eletrônicos e seus acessórios correspondentes (antenas, etiquetas, cadeados eletrônicos, etc...); 8% para transportadoras de valores e os outros 5% são computados dentro de despesas diversas. O investimento neste setor é de suma importância para diminuição dos prejuízos e, consequentemente, aumento da margem de lucro da empresa.

Por isso, para garantir o sucesso, cuidados devem ser tomados em toda a cadeia produtiva e de distribuição do varejista. Os CDs, as transportadoras, as farmácias, as fabricações falsificadas. Quantos, dos que representam o potencial consumidor, podem na realidade, comprar medicamentos cada vez mais caros, mais específicos e mais controlados pelo sistema, precisando de receituário médico para quase tudo? Os varejistas que atuam nesse segmento, devem colocar a “barba de molho”, pois se ainda não criaram o seu departamento de prevenção de perdas que o façam o mais rápido possível, implementem o mínimo necessário e busquem os parceiros ideais que se preocupam em levar-lhes soluções das mais adequadas possíveis e não apenas produtos.

Vale ainda outra recomendação; a de participarem da próxima pesquisa de prevenção de perdas conduzida anualmente pela FIA/IBEVAR/ABRAS/Nielsen, pois só assim todos teremos dados fiáveis e consistentes para que tenhamos parâmetros nacionais e não apenas dados internacionais a nos guiar. Os cuidados técnicos, a confidencialidade das informações prestadas e a seriedade dos grupos técnicos e acadêmicos envolvidos nos permite recomendar sua participação. Pois nas pesquisas anteriores nenhuma empresa do setor participou dos levantamentos nacionais. Vamos participar, pois o retorno vem a favor de cada um dos varejistas.

Topics: Perdas no Varejo