Os aspectos tradicionais da Prevenção de Perdas no universo supermercadista estão evoluindo rapidamente. Vemos se formar um ambiente muito mais ligado ao negócio do que propriamente às operações logísticas e operacionais de lojas. A tecnologia, evoluções de processos, capacitações de pessoas, interatividade com os clientes e fornecedores, trazem esta nova realidade, como veremos neste meu artigo de estreia no blog Prevenção de Perdas.
Há alguns anos, o setor era unânime no tratamento hierárquico dos pilares: receitas, despesas e perdas. Sendo esta última renegada a uma área operacional considerada onerosa e pesada, que certamente influenciaria negativamente nos indicadores das empresas. A representatividade da área de Perdas geralmente estava ligada a indicadores menores, pouco participavam dos números de metas e seus profissionais estavam ligados diretamente à segurança patrimonial.
As crises políticas e econômicas brasileiras movimentaram vários aspectos referentes às culturas e visões nas organizações. Hoje temos cenários muito mais favoráveis a investimentos no combate às perdas, sejam elas estratégicas ou operacionais.
As perdas passaram a protagonizar este ambiente de varejo. Notou-se que o esforço dispensado as vendas caiam por terra quando as perdas estavam acima do limite tolerável para uma operação sadia. As despesas aumentavam na medida em que os processos eram mal executados e as pessoas ligadas a estes controles não estavam preparadas para uma visão corporativa, ou seja, as oportunidades estavam claras e o mais importante, dentro de casa.
A indústria tecnológica caminhou junto com estas oportunidades e representa um papel importante no desenvolvimento de suporte ao varejo. A tecnologia ajuda reduzindo as perdas no varejo, atingindo desde o comportamento operacional até os mais altos graus de gestão do varejo. Absorve e reduz custos operacionais e oferece uma série produtos capazes de melhorar sensivelmente a gestão do negócio.
Prevenção de perdas é um negócio e necessita de cuidados especiais, pois representa não só uma gama de controles e números. Esta área pode e deve ser parte da cultura organizacional, da imagem da empresa, do ambiente sadio e principalmente ser uma influenciadora de comportamentos, seja dos funcionários ou dos clientes.
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