Cinco tipos de perdas no estoque do varejo que não percebemos

por Rubens Panelli Junior 14-12-2016 11:42
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 perdas no estoque do varejo

Todo o estoque de varejo representa um investimento em capital de giro. Ele consome recursos para a sua criação e aquisição e é a sua venda que gera uma margem, sustentando o lucro da empresa. Mas, assim como diversas áreas, esta também é alvo de perdas e quebras. É preciso estar atento às perdas no estoque do varejo para que possamos identificá-las e combatê-las.

Ainda que o estoque seja o responsável pelo lucro no varejo, não podemos nos esquecer de que existe um custo específico na manutenção dos produtos que constam no estoque. Problemas como mudanças das tendências de vendas ou dificuldades de acesso a mercadorias geram perdas no estoque do varejo muitas vezes tidas como invisíveis, mas que impactam diretamente nos resultados. Neste momento, é importante contar com a equipe de prevenção de perdas para controlar custos e prejuízos.

As perdas no estoque do varejo devem ser encaradas com seriedade. Veja abaixo alguns tipos de perdas que os varejistas costumam não perceber:

1- Perda de valor, por obsolescência: são causadas por mudanças repentinas na moda, inovações tecnológicas, etc.;

2- Perdas físicas de estoque: volumes maiores representam uma maior facilidade para a ocorrência de furtos e também uma maior necessidade de organização física das mercadorias, o que pode gerar quebras de manuseio;

3- Perda de vendas por dificuldade de acesso ao produto: estoques com difícil acesso (em áreas distantes ou de trânsito) prejudicam as vendas pela dificuldade de encontrar um determinado produto;

4- Perdas por juros de manutenção de estoque: cada dia que passa, surge um custo de juros sobre o capital investido na aquisição do estoque. Infelizmente, grande parte das empresas do varejo só consideram os juros no momento dos resultados financeiros, o que não reflete a realidade do custo representado pelo tempo em que o estoque permaneceu na empresa.

“Idealmente, os juros pagos para manter os estoques deveriam ser computados como um acréscimo ao custo dos produtos, reduzindo a margem, de forma proporcional ao tempo médio de giro da mercadoria.”

5- Perdas por menor flexibilidade comercial: a capacidade de alterar o rumo da empresa é inversamente proporcional ao volume em estoque. Para entendermos melhor: a empresa optou por criar um grande estoque de saias e a moda mudou, e se revelando mais inclinada ao uso de calças. Será necessário adquirir mais calças, mas os recursos estão “presos” no estoque de saias, que precisarão ser remarcadas para girar. Enquanto a empresa busca uma forma de resolver o problema, o mercado seguirá avançando rapidamente, tornando a empresa uma seguidora e não uma líder.

Felizmente, de maneira geral, os varejistas são rápidos em identificar produtos que vendem bem e optam por fazer este tipo de reposição de estoque. No entanto, ninguém está imune às perdas no estoque do varejo: a identificação de produtos que vendem menos e a tomada de medidas para desovar produtos com baixo giro são atitudes lentas e que geram um acréscimo improdutivo ao estoque.

“Uma dica para conseguir uma efetiva redução nos volumes relativos é adotar um sistema de planejamento e controle de estoques como o OTB (Open To Buy), em conjunto com um Plano de Sortimento.”

É preciso ficar atento às possíveis perdas no estoque, pois elas podem estar ocultas, gerando prejuízos que muitas vezes sequer são notados. Organização e clareza nas informações é a chave para evitar estes problemas. Mantenha seu estoque controlado e tenha ótimas vendas!

 

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