Muitas são as dúvidas que rondam a cabeça dos varejistas quando o assunto é Prevenção de Perdas e estas dúvidas não passam apenas por qual tecnologia usar ou como aumentar as vendas. Há também questões fundamentais sobre funcionários, cargos, salários e como organizar uma equipe focada e responsável por seu trabalho. Publicamos aqui uma lista com o título "10 coisas que você precisa saber sobre prevenção de perdas", onde trouxemos à tona várias questões e, dentre elas, este questionamento sobre cargos e responsabilidades. Para mostrar a importância deste tema, colocamos em primeiro lugar na lista e vamos abordá-lo, mais detalhadamente, neste artigo.
1- Só se pratica Prevenção de Perdas se a decisão vier “de cima para baixo”
É comum vermos uma empresa refletir as atitudes de seu principal administrador em sua forma de pensar, agir e atuar no mercado. Por isso, se ele não dá a devida atenção a determinados temas, toda a empresa agirá seguindo este pensamento. Atividades como a Prevenção de Perdas muitas vezes não são consideradas estratégias centrais para a empresa. Desta forma, não serão também um item que receba a devida atenção do gestor principal da área.
A consequência deste tipo de atitude fica clara: uma área fraca e sem resultados positivos a médio e longo prazo, prevalecendo sempre o curto prazo e as ações corretivas, não preventivas. E isto está longe de ser um panorama ideal para a Prevenção de Perdas.
Independentemente do porte da empresa, é essencial que o executivo maior se envolva completa e totalmente na definição de estratégias e metas da área e também na escolha dos líderes, realizando acompanhamento constante dos resultados obtidos e das correções necessárias. É a ele que deve se reportar o Gestor Principal da área de Prevenção de Perda.
Todas as áreas da empresa devem ter metas alinhadas, porém é comum o conflito das prioridades dos gestores de outros departamentos e do gestor de Prevenção de Perdas impactarem diretamente nos resultados de maneira negativa.
Em casos como este, caberá ao Presidente ou Gerente Geral a decisão sobre como contornar os problemas relacionados a desentendimentos, sempre buscando uma harmonia entre diferentes áreas e suas diferentes metas.
Imaginem o quanto é difícil para um Gerente de Prevenção de Perda, que se reporta diretamente ao Diretor Operacional, informar a ele que as metas de sua área e o não cumprimento das normas e procedimentos está contribuindo, e muito, para o aumento das perdas? Se a Prevenção de Perdas não for tida como uma das prioridades, o Gerente de Prevenção não conseguirá o apoio de seus pares na execução dos programas preventivos, pois a única prioridade é vender e eles estão conseguindo atingir esses objetivos.
Para funcionar plenamente, a Prevenção de Perdas precisa ser trabalhada em toda a empresa, funcionando como uma cultura que engloba todos os funcionários, desde os diretores até os vendedores e terceirizados.
Se não houver definição das prioridades, metas e cobranças relacionadas à área de Prevenção de Perda, quem perde com os resultados é a empresa. Para alcançar bons números é necessário contar com a participação e o claro posicionamento do Presidente/Gerente Geral sobre prevenção e contar com ele como um ponto estratégico para esta melhoria. Como afirmamos, antes de qualquer coisa, é preciso formar e espalhar a “cultura preventiva” em toda a empresa.
Veja em nosso SlideShare os outros questionamentos que surgiram ao pensar no essencial sobre estratégias em Prevenção de Perdas. Precisamos valorizar a área para alcançar melhores resultados.