Estamos encerrando 2016, um ano muito conturbado tanto no cenário político como no financeiro. Foram diversos os atenuantes negativos: desemprego em seu pior nível histórico, empresas encerrando suas atividades, corrupção em todas as esferas da federação, aumento nos níveis de criminalidade e etc. Face a um cenário tenebroso como este, precisamos ter força e sermos otimistas. É preciso destacar os pontos positivos e um deles está ligado diretamente ao Varejo e relacionado à prevenção de perdas: nosso índice de perdas no varejo caiu, de acordo com as últimas pesquisas.
Foram publicadas, recentemente, duas pesquisas sobre o nível das perdas no Brasil. Uma efetuada pelo SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo de Consumo e outra pelo IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo.
A pesquisa fornecida pelo SBVC, primeira realizada pela entidade, foi respondida pelos Heads das principais empresas de Varejo em diversos segmentos, que formam a CPAR – Comissão de Prevenção de Perdas, Auditoria e Riscos. Nesta pesquisa, participaram 8.711 pontos de vendas e, segundo a SBVC, a média de perdas no varejo relativa ao ano de 2015 ficou em 1,40%.
Fonte: SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo de Consumo
Já o IBEVAR/PROVAR publicou a sua 16ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, que também foi respondida pelos Heads das principais empresas do Varejo de diversos segmentos. Nesta pesquisa, participaram 3.157 pontos de vendas e foram adicionadas 60 empresas de micro a médio porte com 94 pontos de venda. Segundo o que apurou o IBEVAR, a série histórica de perdas em 2015 ficou em 2,25%, um índice de perdas no varejo 28% menor do que o último, medido em 2014, que foi de 2,89%.
Fonte: IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo
Há dois pontos relevantes e bastante positivos nas duas pesquisas:
1 – Diminuição dos níveis de perdas totais, com destaque para o ramo de Supermercados;
2 – Aumento do número de empresas que passaram a ter um departamento de Prevenção de Perdas.
As melhorias no índice de perdas no varejo são fruto do trabalho engajado dos profissionais de prevenção de perdas, que atuam em todos os segmentos varejistas, desde aqueles mais consolidados, que possuem o departamento com Staff de Diretoria, aos menores, que estão estruturando uma área de prevenção de perdas dentro do seu organograma.
Por que 2017 pode ser o ano da Prevenção de Perdas?
O cenário econômico fez com que os empresários/empreendedores/CEOs abrissem mais os olhos para prevenção de perdas no varejo, percebendo ali a oportunidade de maximizar suas receitas e melhor controlar suas perdas. Assim, o departamento de prevenção de perdas pode trabalhar melhor suas ações, mesmo em um ambiente recessivo e com poucos recursos para investimento. Os benefícios dessa mudança de visão são claros, gerando uma expectativa de que o índice de perdas no varejo caia ainda mais nos próximos anos.
A necessidade de maior controle das perdas e melhorias nos processos internos fez com que os pequenos e médios varejistas começassem a buscar alternativas. Uma delas é justamente contratar profissionais com experiência em prevenção de perdas como pontapé inicial para implantação de um departamento voltado ao controle das perdas.
Conforme os resultados vão aparecendo, o departamento de prevenção de perdas vai ganhando corpo e se consolidando na organização. Estima-se que em um período entre 12 a 18 meses já há ganhos significativos para empresa que investe em prevenção em termos de resultado. A partir de 24 meses, o nível de maturidade do departamento dentro da organização já é alto o bastante para ser um ponto de apoio entre o ponto de venda e os demais departamentos da empresa.
Os profissionais de prevenção de perdas serão considerados “mosca branca”: algo raro, difícil de encontrar, peculiar e único. Portanto, aqueles que procurarem cada vez mais, ampliarem seus conhecimentos e estudos, serão considerados como diferencias no mercado.
Mesmo com cenário um não tão otimista para 2017, no que tange a política e a economia, as empresas que tiverem e mantiverem em sua estrutura um departamento de prevenção de perdas bem consolidado, certamente estarão um passo à frente as demais.
Desejo um 2017 de sucesso e grandes negócios a todos!
Acesse os links abaixo para conferir na íntegra as pesquisas citadas:
Pesquisa Prevenção de Perdas SBVC 2016
16ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro - IBEVAR/PROVAR
Que tal comparar o índice de perdas no varejo com os anos anteriores?
2013: Índice médio de perdas chega a 2,31%
2014: Índice médio de perdas bate recorde e atinge 2,89%
Reflexões de um especialista sobre o índice de perdas em 2014