Quando saíram os últimos resultados da 15ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, feita pelo IBEVAR/Provar, foi difícil conter o espanto: ao relacionarmos esta pesquisa com os dados coletados sobre perdas em um panorama mundial, percebemos que os índices brasileiros cresceram e os índices mundiais seguiram diminuindo. O questionamento sobre este contraste logo surgiu e nós, especialistas, fomos em busca das razões para esta disparidade. As conclusões são várias, mas o que mais nos assustou foi a diferença na cultura de gestão e a gritante necessidade de falar sobre a cultura de Prevenção de Perdas.
Em muitos mercados varejistas do mundo inteiro a prevenção de perdas é discutida nas reuniões da alta administração como importante driver de sustentabilidade, governança e crescimento dos negócios.
Hoje, é inadmissível que uma empresa de varejo, em qualquer parte do mundo, não pense na gestão das suas perdas, independentemente do seu tamanho.
A falta de gestão de perdas justifica o índice de 2,89%, associado a roubos, furtos e problemas operacionais. Mesmo com a profissionalização dos últimos anos, a maior parte do varejo ainda não despertou para a importância de uma área estratégica de prevenção de perdas. Muitas empresas respondem a avaliação, mas nem todas a têm realmente em seus negócios.
O varejo brasileiro tem todas as condições para alcançar patamares de índices de perdas do exterior, senão menores. A questão é que a Prevenção deve sempre ser a base da estratégia de negócios, com foco na eficiência operacional no varejo e no controle das perdas. De uma vez por todas, ela deve ser sustentável e não situacional, porque não há espaço para gestões amadoras, que atribuam à crise seus baixos resultados.
E para começar a repensar as estratégias e a eficiência operacional de sua empresa, confira no SlideShare os dados e índices relacionados ao varejo nacional e internacional:
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