Visão executiva das estratégias de Prevenção de Perdas para 2017

por Luiz F. Sambugaro 11-01-2017 12:09
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visão e estratégias de Prevenção de Perdas

Estamos iniciando mais um ano e é tempo de fazer reflexões sobre as perdas no varejo brasileiro. Para quem estava contando com as vendas de final de ano para alavancar os lucros, os resultados não foram tão otimistas. Análises da situação do varejo, baseadas em pesquisas locais amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, entre elas da SBVC, ALSHOP, FECOMÉRCIO, etc, apontam uma queda acentuada nas vendas de fim de ano. A expectativa era de um pequeno crescimento, falava-se de 3% a 4,8% nas vendas, que já traziam uma base baixa para comparação, que foi 2015. Mas o resultado não foi bem este. Tivemos também queda também nos índices cumulativos.

Apesar de um crescimento no varejo brasileiro, com 19 novos Shopping Centers, nunca tivemos um aumento tão grande no número de lojas fechadas no período. O resultado é uma queda de 12,9% no número de lojas. Além disso, é preciso olhar também para as perdas no varejo brasileiro e criar estratégias de Prevenção de Perdas: quanto mais a economia tem índices negativos, maior e mais preocupantes se tornam os índices de perdas, sejam eles de que ordem forem.

A última pesquisa SBVC, por exemplo, indica queda no índice médio de perdas em relação aos anos anteriores (1,40%). Este resultado, quando agregado à queda geral das vendas, apesar de positivo, considerando-se o custo e não o preço de mercado*, torna-se ainda mais preocupante. Alguns destaques para uma melhor compreensão das perdas no varejo brasileiro:

  • Os Supermercados reportam uma expressiva perda de 2,26% sobre o faturamento. A partir deste valor, cada um faça a sua conta e veja o tamanho do possível prejuízo. No segmento de Perfumaria e Magazine, os índices gerados por furto interno e externo estão na proporção de 70% e 68%, respectivamente. Não importa aqui qual o índice, mas a causa deles. A drogaria tem esse índice afetado por 38,5 % com furtos internos e externos, que tende a aumentar, quanto mais se transformarem em “lojas de conveniência e perfumaria”.

Considerando-se ainda, que os índices são pelo valor de aquisição e não pelo de vendas, a pergunta é: quanto mais deixamos de ganhar? Esse valor é específico para cada organização e deve ser analisado e considerado por ela nas definições de seus investimentos e estratégias de Prevenção de Perdas para a área.

  • A tendência a curto prazo para 2017 (e talvez 2018), segundo as mais diversas fontes locais, é que ainda teremos mais dois anos de mais expectativas positivas do que negativas, mais desejos do que de resultados.
  • Apesar da importância já amplamente discutida do departamento de Prevenção de Perdas e do retorno imediato que gerado por ele, apenas 30% dos departamentos se reportam ao primeiro executivo da empresa, local mais apropriado a seu nível de reporte. Os demais 70% se reportam a área de operações ou comercial, que são áreas geradoras do aumento nos índices de perdas. É preciso considerar, de uma vez por todas, que Prevenção de Perdas só se faz de cima para baixo.

Levando em conta tudo o que afirmamos acima, mais que nunca, a Prevenção de Perdas precisa ser conduzida, apoiada e estruturada de cima para baixo, com estratégias corporativas dentro de seu “modus operandi”, com claros objetivos e metas e um completo envolvimento de todas as áreas da organização. Cada uma delas contribui para que o índice de perdas no varejo brasileiro aumente ou diminua.

Para entender melhor sobre o funcionamento de estratégias de Prevenção de Perdas, é preciso entrar em contato com empresas experts nessa área, dentre elas a Gunnebo Brasil. Com uma equipe especializada e tecnologia de ponta, seus resultados certamente serão melhores. Não hesite em procurá-los.

Para finalizar, proponho uma reflexão:

Se fazemos seguro de nossos carros, considerando que ele poderá, um dia, ser furtado ou danificado, por que hesitamos em investir em estratégias de Prevenção de Perdas, se temos a certeza absoluta de que estamos sendo furtados?

Feliz 2017, boas vendas e ótimos resultados!

 

* Adrian Beck Publications — University of Leicester, INGLATERRA (A new way of thinking about retail loss)

 

 

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Topics: Perdas no Varejo