Prevenção de Perdas

Como o nome já diz, Prevenção de Perdas é um amplo conceito que leva em consideração tudo o que o varejista precisa e deve praticar em seu negócio, de forma preventiva, para que seu lucro não seja prejudicado por perdas. Não há como escapar: de erros contábeis a furtos internos, existem diversos tipos perdas que podem acontecer em qualquer tipo de loja, independentemente do tamanho. Mas qual será o momento do crescimento da empresa em que ela deve investir em Prevenção?

Quando pensamos no varejo, tendemos a dividi-lo entre pequeno, médio e grande varejo, entendendo que cada segmento destes exige estratégias e ações específicas para que obtenham o sucesso necessário. Porém, muitas vezes noto que os problemas e soluções são próximos, independentemente do tamanho de cada empresa. É claro que há diferenças nas ações, nas proporções e até mesmo nos objetivos, mas precisamos estar atentos às atitudes positivas de grandes empresas, como as listadas neste texto, e procurar aplicá-las, guardadas as devidas proporções, em nossos negócios.

“Mas já?” Essa é uma a expressão que começamos a ouvir nos corredores dos Shoppings Centers quando chega o fim do ano. O varejo já começa, em novembro mesmo, a se preparar ou já estão preparados para as vendas de Natal. Mas, com as vendas, surgem as possibilidades de furtos ou perdas no varejo e é aí que se torna urgente se prevenir e proteger as mercadorias.

Está se tornando cada vez mais comum vermos pesquisas voltadas para as perdas no mercado de varejo, seja aqui no Brasil, seja no mercado internacional. Muitas vezes os resultados são impactantes e a diferença entre os números nacionais e internacionais é alarmante. Se quando mensuramos temos valores tão altos, me peguei imaginando os valores que não medimos. Foi com este olhar que analisei a pesquisa 28th Annual Retail Theft Survey realizada com as 25 maiores companhias do varejo americano sobre furtos internos, dados que não costumam ser medidos no Brasil e, assim, tentei tirar algumas lições que se aplicassem ao nosso mercado.

O conceito de loja eficiente tem estado cada vez mais em alta. Para os varejistas, já não basta ter apenas um índice de vendas dentro da média, é importante também ter uma loja ágil e adaptada a realidade tecnológica na qual vivemos. As soluções se atualizam ano após ano e o lojista sente a necessidade de ter mais eficiência operacional no varejo. E, é claro, estas soluções aliam não só agilidade como também segurança e prevenção de perdas. Este foi o assunto da reportagem de Daniela Guiraldelli para a Revista Supervarejo, da qual participei no último mês.

Recente matéria da revista Eletrolar News indica que um dos setores mais afetados pela crise na economia brasileira em 2015 foi o de móveis e eletrodomésticos, com uma queda de 14%. Relembrando a lição deixada pelo varejo americano durante a crise de 2008, sintetizada na expressão “back to basics”, diversos varejistas estão revendo sua postura frente aos problemas operacionais.

Ultimamente temos tocado com insistência em um ponto bastante crítico para o mercado de varejo: os furtos em momentos de crise. Com a economia estremecida, qualquer iniciativa que evite perdas é importante para se manter estável no mercado. Não canso de dizer e continuarei dizendo que a prevenção de perdas é a maior arma na hora de defender seu patrimônio em momentos críticos e foi esta abordagem que utilizei na matéria divulgada pelo Guia da Farmácia.

Lançada na APAS no início deste mês, a nova edição da Revista Prevenção de Perdas traz um comentário nosso sobre o relatório da Kantar Retail, que abordou, dentro outras coisas, o varejo brasileiro. Os dados do documento apontam, com muita assertividade, que o varejo Brasileiro será realmente um dos maiores do mundo, superando até mesmo outras nações nas áreas de consumo sofisticado, supermercados e lojas com apelo para o “life style e design”. Considero este panorama um tremendo gás para o mercado, pensando na situação atual do nosso país, na influência do governo e nos impostos altos, que costumam ser um dos maiores problemas para os varejistas.

Todos os departamentos de uma empresa, não apenas a área de vendas e comercial, geram perdas para o negócio. Estas perdas, somadas, representam milhares ou milhões de reais por ano. Identificar estes locais de perdas, analisar cada gasto e fechar essas “torneiras” pode não só evitar um prejuízo desnecessário, como também alavancar os lucros. Mas, para isso, é preciso que toda a empresa esteja engajada nesta batalha.

Estamos nos aproximando de mais um período de sazonalidade no varejo, a Páscoa. É uma época importante para os varejistas, que traz um fôlego com o aumento das vendas. Mas, não podemos nos esquecer que os produtos comercializados neste período, como ovos e barras de chocolate, são muito visados e têm um grande índice de quebra e furtos. Por isso, para que os lucros sejam ainda maiores, é imprescindível investir em Prevenção de Perdas.

O roubo de carga é um problema mundial, que não ocorre apenas em nosso país, como os casos que vemos serem noticiados nos jornais. É um fenômeno crescente, que afeta cada vez mais todos os continentes, trazendo preocupação para os varejistas. A principal atitude que as empresas podem tomar é prevenir este tipo de delito que, como vimos, é bastante comum e recorrente.

A última pesquisa sobre o índice de perdas no varejo, feita pelo IBEVAR e outros, trouxe resultados cada vez mais alarmantes: o varejo nacional continua batendo o recorde de perdas desde 2002. Por conta deste resultado desastroso, fiz uma análise e procurei refletir um pouco sobre estes índices e a falta de investimento em Prevenção de Perdas. Você pode conferir dicas exclusivas em minha apresentação no Slideshare. Nossa meta é diminuirmos de uma vez por todas esse índice que vem crescendo a cada ano.

É comum vermos nos noticiários e revistas uma grande quantidade de artigos e matérias que falam abertamente sobre o problema das perdas relacionadas a furtos em lojas, sejam de rua ou de shopping. Os anos passam e esse tipo de crime continua se multiplicando. Como sempre afirmamos aqui: as estratégias dos furtantes evoluem ao mesmo tempo em que evoluem as tecnologias de Prevenção de Perdas. Vemos, então, que não é sem motivo que essas ações seguem aumentando.

Anualmente, as pesquisas relacionadas à área de Prevenção de Perdas são atualizadas e, a cada ano, alguns fatores nos chamam mais a atenção do que outros. Neste momento vou me ater aos dados constantes da pesquisa PROVAR (e demais colaboradores) que, com um histórico de mais de 10 anos e em constante evolução, são críveis e confiáveis. Os resultados são alarmantes e precisamos pensar neles de maneira estratégica.

Com a proximidade das festas de final de ano é hora de rever processos internos a fim de se evitar o aumento das perdas. Em entrevista a revista Essencial, tive a oportunidade de falar um pouco sobre os fatores que podem influenciar nos índices de furtos internos e externos no varejo. Algumas observações práticas podem evitar que o aumento dos visitantes às lojas tragam aumento de prejuízos para os varejistas.