Prevenção de Perdas

Atualmente as “Perdas” são o grande vilão oculto das companhias que corroem as margens de lucros. Infelizmente, ainda existe uma miopia empresarial que enxerga de forma distorcida a Prevenção de Perdas, acreditando que é somente custos, quando o correto seria pensar que a Prevenção de Perdas é uma grande fonte de maximização dos lucros. Por isso é importante entender o que são as perdas no varejo e como elas podem ocorrer, para tentar corrigir essa ideia equivocada sobre prevenção.

O ano já está em sua reta final e, para o Varejo, os próximos meses são vitais para alavancar as vendas em decorrência de eventos como: BlackFriday, Natal e liquidações pós fim de ano. Durante esse período, aumenta o número de clientes desejáveis e indesejáveis (furtantes) nas lojas. Por isso, o departamento de Prevenção de Perdas deve ter um papel fundamental ao planejar ações que visem diminuir, evitar e mitigar possíveis perdas decorrentes de furto, roubo, estelionato e apropriação indébita.

A Gestão de Projetos em Prevenção de Perdas (gestão de projetos) é de extrema e fundamental importância para a redução de perdas. Com a competitividade acirrada, margens de lucro apertadas, ciclo de vida dos produtos mais curtos, o gestor de Prevenção de Perdas tem que buscar inovações para que a companhia tenha um diferencial e uma vantagem competitiva.

O mercado de varejo está em constante procura de estratégias e soluções para aumentar as vendas e superar a crise, mantendo a saúde dos negócios. Sabemos que é uma preocupação real e urgente, pois é o lucro dos varejistas que mantém o mercado aquecido e em pleno vapor. Há algumas atitudes importantes que sempre relatamos aqui, como a Prevenção de Perdas, que podem ajudar os varejistas a reverter este cenário. E foi este assunto que procurei abordar em minha entrevista para o Diário de Pernambuco.

As perdas em sua empresa estão aumentando e ninguém consegue dizer o que está acontecendo? Que itens são analisados para obtenção deste número? Neste artigo, vamos entender como se compõe o número de perda e conferir algumas alternativas para combater as perdas identificadas e não identificadas.

Como o nome já diz, Prevenção de Perdas é um amplo conceito que leva em consideração tudo o que o varejista precisa e deve praticar em seu negócio, de forma preventiva, para que seu lucro não seja prejudicado por perdas. Não há como escapar: de erros contábeis a furtos internos, existem diversos tipos perdas que podem acontecer em qualquer tipo de loja, independentemente do tamanho. Mas qual será o momento do crescimento da empresa em que ela deve investir em Prevenção?

No Brasil, as perdas no processo de comercialização de frutas e hortaliças ultrapassam 30% do total produzido, enquanto em outros países o descarte não supera 10%. As perdas na cadeia de hortifrúti alcançam 200 mil hectares desperdiçados durante as etapas de pré-colheita, colheita, beneficiamento e comercialização do produto. Já pensou em quanto poderia ser reduzido nos custos e, claro, no volume de vendas do próprio produtor e distribuidor, se a prevenção de perdas atuasse com eficiência neste setor?

Em Centros de Distribuição, escutamos muito o termo PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – técnica de controle de estoque em ordem cronológica, onde a saída dos produtos segue a ordem de chegada. Porém este método exige estrito controle sobre os lotes, entradas e saídas, o que é inviável no longo prazo. Já no varejo farmacêutico, é comum receber produtos tanto de compra direta da indústria (que normalmente chegam em grandes lotes) quanto de distribuidores (que fracionam suas cargas). Com isso, há uma variação de shelf life: produtos que acabaram de chegar podem até possuir uma vida útil mais curta do que os que já estão na empresa. Nesses casos, utilizamos o PVPS – Primeiro que Vence, Primeiro que Sai.

Dentre os principais questionamentos feitos pelo departamento de Prevenção de Perdas, há uma pergunta que acredito estar no Top Five: Como reduzir as quebras ocasionadas por produtos vencidos? O fato é que as quebras operacionais respondem por mais de 33% das perdas de uma empresa e, em algumas empresas, mais de 40% dessas quebras são ocasionadas por produtos que tiveram seus prazos de validade expirados. Como reverter este problema?

É comum, nos dias de hoje, ver pessoas manuseando aparelhos celulares enquanto avaliam se é esta a melhor opção de compra. Mas nem sempre foi assim. A experiência de compra de alguém interessado em novo aparelho celular nem sempre envolveu testar e conferir diferenças de uso na prática. Há poucos anos, na maioria das lojas de varejo, estes aparelhos eram mantidos confinados, longe dos clientes. Que avanços na tecnologia para exposição segura de eletrônicos presenciamos de lá para cá para ver isto mudar?

O varejo farmacêutico é um dos poucos que têm registrado crescimento no Brasil no cenário de crise. Na última edição da revista Prevenção de Perdas, conversamos com executivos do grupo DPSP,  criado em 2011 a partir da fusão entre a paulista Drogaria São Paulo e carioca Drogarias Pacheco. A rede, uma das maiores do país, é modelo de boas práticas na redução e prevenção de perdas no varejo. Ações preventivas para combater os prejuízos causados pelas perdas fazem parte da estratégia da companhia.

Ficar de olhos atentos no checkout, responsável por cerca de 40% das perdas no varejo, é essencial para os lucros da empresa. Apostando nisso, o Mairinque Supermercado, localizado no interior de São Paulo, incluiu em seu plano de Prevenção Perdas o investimento em tecnologia para monitoramento da frente de caixa, implantando o sistema Gatecash da Gunnebo.

Atualmente, é praticamente impossível administrar uma empresa sem utilizar o inventário como ferramenta primordial para o varejo. Ele nos ajuda não só na questão contábil/fiscal, como costumamos pensar, mas também em diversos outros departamentos fundamentais para o bom funcionamento da empresa. No entanto, ainda assim, muitos varejistas tendem a acreditar que realizar o inventário é apenas gerar custo, fazem o possível para diminuir investimento nesta área, não focam no treinamento das equipes e principalmente buscam reduzir os incentivos para as lojas com relação a seus resultados. É preciso dar a real importância a esta ferramenta e usá-la como aliada na gestão do varejo.

As festas de natal e Réveillon vêm chegando e o aumento nas vendas também. Contudo, um maior volume de pessoas nas lojas pode elevar a taxa de furtos. Pensando em soluções para setor de varejo, a Gunnebo preparou alguns materias para Prevenção de Perdas na Prática. O paper gratuito "Ações de Prevenção de Perdas para o final de ano" vai te ajudar a prevenir perdas no fim de ano e você pode baixar aqui.

Quando pensamos no varejo, tendemos a dividi-lo entre pequeno, médio e grande varejo, entendendo que cada segmento destes exige estratégias e ações específicas para que obtenham o sucesso necessário. Porém, muitas vezes noto que os problemas e soluções são próximos, independentemente do tamanho de cada empresa. É claro que há diferenças nas ações, nas proporções e até mesmo nos objetivos, mas precisamos estar atentos às atitudes positivas de grandes empresas, como as listadas neste texto, e procurar aplicá-las, guardadas as devidas proporções, em nossos negócios.